Além das celebrações, o 1º de Maio é um dia que simboliza lutas históricas, como a greve de 1886 em Chicago, EUA, que originou essa data. Nesse dia, trabalhadores batalharam por uma redução na jornada de trabalho que era considerada desumana e exaustiva, com duração de 14 horas. Muitos foram agredidos e reprimidos. O evento ficou conhecido como a 'tragédia de Haymarket', conforme relata o historiador e professor Samuel Fernando de Souza da Escola Dieese de Ciências do Trabalho.
“'Esses trabalhadores foram duramente reprimidos, e vários líderes foram condenados à morte, por conta dessa revolta. E, durante a Internacional Socialista de 1889, decidiu-se a data de 1º de maio como dia de luta da classe trabalhadora, bem como de homenagem aos trabalhadores', explicou o historiador".
No Brasil, a data começou a ser comemorada em 1891 em algumas cidades do Rio de Janeiro e posteriormente em Porto Alegre. Mas após o golpe de 1964, quando os sindicatos foram censurados e controlados, a data perdeu seu caráter de luta pelos direitos dos trabalhadores e passou a ser apenas comemorativa.
No entanto, com o Movimento Novo Sindicalismo, que ficou marcado pelas greves no ABC Paulista em 1978-1980 lideradas por Lula, a data recuperou sua essência de luta e defesa dos direitos da classe trabalhadora.>br>
Muito foi conquistado ao longo das décadas, mas ainda existem desafios a serem superados, como enfrentar a resistência de muitas empresas às mudanças e lutar pelo fim da escala 6x1 - que nega um descanso digno a milhões de trabalhadores -, entre outros. Essas batalhas são travadas através das lutas sociais e sindicais.
Fonte: Com informações da Agência Brasil EBC
Para saber mais:
Massacre de Haymarket | Encyclopaedia Britannica |
Novo Sindicalismo | Perseu Abramo