A morte trágica, de um usuário do metrô, é mais um fato lamentável, na esteira cruel do processo de privatização. Na lógica, privatizante e neoliberal, usuários se tornam clientes, e podem ser vítimas de tragédias, como a de ontem. O raciocínio privatista (estúpido e cruel) também é responsável pelo negacionismo (das vacinas e da emergência climática). Querem perdoar os golpistas de 8 de janeiro de 2023, e tentam culpar quem manda investigar pelas fraudes no INSS. O fascismo não conhece limites, e o capitalismo liberal só quer lucrar. A denúncia dos crimes é muito importante, mas é preciso, também, reverter essa onda, para priorizar a luta pela democracia e pela igualdade.
Chama a atenção a quantidade de visualizações das postagens com assaltos e outras tragédias. Não é improvável, por exemplo, que muitas marcas disputem espaço publicitário junto a essas postagens, e também é possível a monetização de autores dos vídeos (e de pessoas que fizerem seu compartilhamento). A viralização das postagens pode, ainda, municiar discursos demagógicos de figuras públicas, que prometem “acabar com a violência”. O povo, além de não ganhar dinheiro algum, continuará sendo enxergado (mesmo por vizinhos) como criminosos potenciais. Para a proteção da vida de todas as pessoas, é urgente a regulamentação da internet, que impeça esse tipo de postagem.
A ameaça, de atentado, em um show musical, pode significar que estamos vivendo uma situação perigosa. Declarações de ódio saíram da internet, e ameaçam atacar pessoas. Os donos das big-techs (e seus apoiadores) rejeitam qualquer regulamentação, especialmente porque faturam com o ódio e com a mentira. Alguns influenciadores defendem as plataformas, em nome da “liberdade de expressão”. O ódio (contra imigrantes, contra mulheres e contra pessoas LGBT) coincidem com o discurso de figuras públicas de extrema direita. O ódio e a violência querem ter legitimidade e representação política. A regulamentação das redes sociais é urgente. A civilização não pode ser refém do ódio.
Atitudes, como a que atacou instituições, no dia 8 de janeiro de 2023 e a que queria matar pessoas no show de Copacabana; e as privatizações de empresas e serviços, como na SABESP, na CPTM e na educação pública, têm o mesmo conteúdo fascista e excludente. Mandantes, incentivadores e financiadores das ações violentas devem ter punição exemplar, para que nunca mais se repitam; e para que não sirvam de inspiração para outros imbecis. As privatizações, por outro lado, precisan ter um combate permanente, para impedir que tudo o que foi construído, com dinheiro público, seja entregue para exploração privada. Privatizar o patrimônio público é uma violência contra o povo.
O debate (necessário), sobre culpas e punições, pode nos distanciar da discussão sobre o tipo de sociedade que queremos. Fascistas e capitalistas têm, como objetivo claro, o enxugamento crescente da máquina estatal, e o fortalecimento do setor privado. Eles não se importam (muito) com eventuais punições. Fazem a defesa de acusados, somente para ter quem defenda ideias de exclusão. Para o fascismo e para o capitalismo, as pessoas são descartáveis. Para nós, a igualdade, entre todas as pessoas, é muito importante. Isso não dispensa qualquer punição. A defesa da igualdade não perdoa golpistas. Mas, sobretudo, devemos, sempre, reforçar o projeto socialista.
Para dialogar com o antipetismo, o fascismo brasileiro sempre recorre a absurdos. O objetivo é ter base social que reforce suas ideias. No caso específico do INSS, querem desmoralizar a instituição e abrir espaço para a previdência privada. Comentários e manifestações de ódio, contra o irmão do presidente Lula, pretendem aprofundar uma sensação de ingovernabilidade e, ao mesmo tempo, querem enfraquecer todas as entidades, para fortalecer a presença do mercado financeiro no setor. Para enfrentar essa situação, é essencial reforçar a importância da previdência pública e, ao mesmo tempo, fortalecer as entidades coletivas de aposentados e pensionistas.
Na noite de ontem, numa conversa com o companheiro Tiãozinho, acabamos chegando à conclusão que, hoje, as aplicações no mercado financeiro geram mais lucros do que qualquer investimento produtivo. Mesmo as indústrias não escapam disso. Para antecipar receitas, trocam suas notas fiscais por dinheiro, e pagam juros por isso. O mais trágico é que a lucratividade do mercado financeiro acontece, sempre, em detrimento da vida. Executivos da Faria Lima atacam o governo do presidente Lula porque querem mais dinheiro para a especulação e, consequentemente, menos investimento produtivo. O governo democrático e popular quer uma nova política industrial, com mais e melhores empregos.
As tragédias, provocadas pela situação de “emergência climática”, se multiplicam. O negacionismo explícito se junta com a negativa de providências concretas, e o risco de novas tragédias é iminente. Os grandes veículos de comunicação, embora reconheçam o perigo, se omitem na divulgação da responsabilidade empresarial pelo desastre. Querem igualar moradores da periferia e destruidores de florestas. Empresários tentam disfarçar o próprio negacionismo, em nome do progresso. Querem repartir com o povo a culpa (que é deles). As classes populares devem incluir a pauta ambiental em todas as mobilizações. A perspectiva do desastre existe por causa da busca pelo lucro.
A exploração capitalista nunca foi aceita por trabalhadoras e trabalhadores. Com mobilizações e greves, sempre buscamos a melhoria contínua das condições de trabalho e dos salários. No Brasil, inicialmente, a mão de obra era escrava, por tempo indeterminado e sem nenhuma remuneração. A luta heróica, de muitas pessoas, fez com que fossem superadas as jornadas estafantes e a ausência de salários, mas, desgraçadamente, ainda não conseguimos vencer a exploração capitalista. A tarefa mais importante, em todos os momentos, da luta por dignidade, é lembrar que as pessoas merecem um mundo com paz e igualdade.
Com obras, aparentemente administrativas, querem aprofundar a inaceitável exclusão social. Iniciativas, como o despejo das famílias da favela do moinho e como a construção de estacionamento embaixo do Minhocão, caminham, lado a lado, com discursos chamando servidores de “vagabundos” ou que enaltecem a riqueza de uma minoria. Higienismo e destruição ambiental querem o aprofundamento da exploração do capitalismo. Como diz o presidente Lula “é preciso governar para todas as pessoas”. É essencial combater a exclusão, mas principalmente, é urgente buscar a igualdade.
O discurso de uma vereadora paulistana, que declarou que trabalhadores municipais teriam inveja dela, “branca, bonita e rica”, é uma síntese da ideologia conservadora. Antes dela dizer esse disparate, outros vereadores já tinham chamado professores municipais de “vagabundos”. Ela só seguiu a mesma trilha de insanidade, comum em apoiadores do prefeito e em seguidores do “coiso”. É assustador que essas figuras públicas tenham chegado à Câmara Municipal pelo voto, o que pode significar que parte da população paulistana embarcou na onda de intolerância do fascismo. Para enfrentar a insanidade, é urgente a disseminação de valores positivos, como a igualdade e a generosidade.
O anúncio, sobre uma suposta camisa vermelha para a seleção brasileira de futebol, ocupou as redes sociais e o noticiário. Parlamentares quiseram proibir uma inexistente mudança. Mas a ideia não seria absurda. O segundo uniforme da seleção da Alemanha, por exemplo, é cor de rosa. Mas a ideia nem é original. O companheiro Marcos Antonio Ferraz, quando viu os fascistas vestindo a camisa amarela, passou a produzir (e comercializar) camisas vermelhas da seleção, com o número “13” nas costas. Diante da fraqueza da nossa seleção de futebol, todos desaprovam a apropriação marketeira. Não será a mudança da cor da camisa, que vai melhorar o desempenho dos jogadores.
A quantidade de absurdos e de incoerências do fascismo é tão grande que, ao que tudo indica, isso é proposital. O perigo é que absurdos, como o negacionismo da “emergência climática”, convivem com uma indisfarçável postura de classe. A imitação (revoltante) de pessoas com falta de ar e o discurso que quer barrar a taxação dos muito ricos, têm o mesmo destinatário. Querem banalizar a morte e pretendem naturalizar o acúmulo de dinheiro. O avanço do fascismo, precisa ser combatido com a multiplicação de desmentidos e de iniciativas para implantação da educação e do conhecimento. Mas, muito especialmente, o melhor combate sempre será o posicionamento classista, ao lado dos trabalhadores e do povo.
O espaço institucional, embora seja uma trincheira muito importante, é dominado pela ideologia capitalista e conservadora. Ainda que alguns parlamentares recorram ao bom senso, na hora de votar projetos, parte deles obedece ordens do poder econômico. Por causa disso, especialmente, é essencial o engajamento em conselhos e comissões, e a participação em audiências públicas e em manifestações populares. Conservadores agem para esvaziar espaços de participação, ou funcionam como linha auxiliar de interesses empresariais. A participação popular é essencial para barrar projetos da direita, mas, especialmente, é urgente para a aprovação de pautas de interesse da maioria do povo.
“Minha estrada, meu caminho, me responda de repente… se eu aqui não vou sozinho, quem vai lá na minha frente… tanta gente, tão ligeiro, que eu até perdi a conta… mas lhe afirmo, violeiro, fora a dor que a dor não conta… fora a morte quando encontra, vai na frente um povo inteiro | (Sidney Miller)"
Tudo o que existirá, no futuro, terá sido construído, ao longo do tempo, por pessoas como a Adélia Prates. O que aconteceu no passado é muito mais do que a história, que aprendemos na escola ou que contamos aos nossos filhos e netos. A história sempre será importante na construção da igualdade. As pessoas, que fazem a história, são marcantes para o futuro que queremos conquistar
O fascismo se aproveita da baixa escolaridade, e da falta de conhecimento histórico, para disseminar mentiras e absurdos. O assalto ao aparato estatal, desgraçadamente, tem servido para piorar a qualidade do ensino público, para justificar privatizações e para eliminar matérias que reforçam o caráter das pessoas. O investimento, na educação pública é uma das prioridades do governo do presidente Lula, justamente para vencer a precariedade desejada pelos fascistas. Paralisações, na rede pública de ensino, devem contar, sempre, com o apoio da população e da comunidade escolar. A justeza das reivindicações deve se somar com a perspectiva de construção de um mundo mais justo.
O conservadorismo quer ocupar espaços nas instituições, nos corações e nas mentes das pessoas, para que suas ideias sejam transformadas em leis, em decisões judiciais e em costumes. A pauta é uma combinação cruel de preconceito, xenofobia, destruição ambiental e aprofundamento da exclusão capitalista. O enfrentamento, da onda fascista, exige o fortalecimento de todas as instituições internacionais e, especialmente, de organismos e frentes destinadas a se contrapor ao fascismo. A tarefa internacional deve se somar com iniciativas locais, como federações partidárias pela democracia e frentes (municipais e estaduais) em defesa do estado democrático de direito.
Um exemplo recente do avanço (perigoso) do fascismo é a eleição norte-americana. O vencedor se valeu do nacionalismo, que pretende aumentar o domínio norte-americano” no mundo, para conquistar votos. No Brasil, muito especificamente, os fascistas usam da mentira e da desinformação, para se espalhar pelo país. O apoio do poder econômico e das plataformas digitais é explícito e, no caso do Brasil, pode ser decisivo em 2026. O secretário nacional de comunicações do PT participou de reunião, em Moscou, com o objetivo de combater o fascismo, em todo o mundo. É necessário, também, que sejam implantados comitês de defesa da democracia, em todos os estados e municípios do Brasil.
No Diretório Zonal do PT de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, a única chapa inscrita, até agora, para o Processo de Eleição Direta - PED, tem o nome do Hugo do Carmo (que as pessoas conhecem como “Mussum”), como forma de reverenciar a enorme referência desse combatente, em todas as lutas da região. Operário da Villares, ele é um dos grandes lutadores, e participou de todos os momentos. Os companheiros e as companheiras de Santo Amaro, com a iniciativa, mostram que é necessário promover a renovação do PT, mas é essencial fazer homenagens a pessoas como o “Mussum”. Ainda temos muito que avançar. O caminho para o futuro de igualdade depende de militantes como ele.
Não é incomum, para a esquerda, as constatações de ausência da juventude e de dificuldades no mundo digital. É importante considerar que a ausência da juventude se deve, em parte, à falta de envolvimento militante, agravada pela diminuição do protagonismo de entidades próprias dessa faixa etária. O mundo digital é uma novidade que os mais experientes não aprenderam a usar. Os mais jovens, por sua vez, ingressam nesse espaço seguindo "influencer's" e coach's", que seguem a tendência do poder econômico das "big-tech's". O ideário conservador não é muito diferente do passado, mas a rapidez das redes sociais serve para potencializar seu conteúdo. Para enfrentar a situação, é urgente imprimir outro tipo de conteúdo, centrado na democracia, na solidariedade e na igualdade. Enfrentar as grandes plataformas é muito difícil, mas podemos hegemonizar o debate ideológico.
Declarações públicas, genéricas e superficiais, sobre o Papa Francisco, servem de disfarce, para a culpa neoliberal. Figuras públicas, como o prefeito paulistano e o governador de São Paulo, cumpriram a formalidade do lamento, mas são responsáveis pelo aprofundamento da exclusão. A constatação da hipocrisia, mesmo necessária, é insuficiente para enfrentar o neoliberalismo. O legado mais importante do Papa Francisco é o protagonismo das pessoas excluídas. É essencial o fortalecimento dos sindicatos de trabalhadores, das associações de moradores e de todas as entidades populares. A hipocrisia fascista pretende aprofundar a exclusão, mas a maioria do povo quer o fim da fome.
Nunca vamos nos acostumar com a morte das pessoas. Sempre vamos lamentar as ausências, mas, ao mesmo tempo, nas perdas, é quando reforçamos a certeza de um mundo melhor. Perdemos, nesses dias, inspiradores da luta por igualdade. Mas os momentos de tristeza, paradoxalmente, servem para animar a caminhada. As mortes, de Dom Angélico e do Papa Francisco, cumprem o papel de aumentar a responsabilidade dos que ficam. O mundo e o futuro serão mais justos, por causa do bispo dos operários e do papa dos pobres. Suas memórias serão honradas, sempre, através da luta pela igualdade.
que acumulamos, durante milênios de civilização, só pode nos conduzir para a democracia e para a paz. A representação política, no entanto, elege mandatários públicos que contrariam o bom senso. Não são poucas as pessoas que ocupam mandatos eletivos e que, ao mesmo tempo, defendem o horror das ditaduras e o extermínio de pessoas. No Brasil, por exemplo, vivemos o paradoxo da iminente prisão do “coiso” e a eleição de gente apoiada por ele. A influência do poder econômico é responsável pela presença de representantes do capitalismo no aparato público, mas algumas ideias são inaceitáveis, como é o caso da resistência inexplicável em regulamentar o funcionamento das “big-techs".
O aprofundamento da exploração capitalista reúne uma aliança integrada por fascistas insanos, rentistas do mercado financeiro, e empresários que se beneficiam de políticas públicas do governo do presidente Lula. Pretendem a derrubada do projeto democrático e popular, e nunca descartam a alternativa de um golpe. Para enfrentar a ampla aliança liberal, é essencial a construção de uma frente, semelhante à que existiu, no final da ditadura implantada pelo golpe de 1964. Nunca teremos a ilusão de que os integrantes da frente progressista e democrática defenderão as mesmas teses que nós, mas, ao menos, queremos que nossos aliados sejam defensores da democracia e da civilização.
A juventude, em geral, concentra suas preocupações na própria carreira. É flagrante, por exemplo, a necessidade de sucesso financeiro. Para dialogar com essa busca, há várias propostas, na internet, de enriquecimento individual. Influenciadores e treinadores enriquecem, divulgando cursos e recolhendo inscrições, sem viabilizar o que prometem. A ideia deles é enriquecer, por causa da enganação e, ao mesmo tempo, querem cumprir o papel de substituir políticas públicas de inclusão educacional. É urgente a popularização de programas coletivos (como o “ProUni” e o “Pé de Meia”) para enfrentar as falácias do fascismo, e para promover o desenvolvimento de todas as pessoas.
A disseminação de notícias falsas, representa mais lucros, para os donos das plataformas; e monetização para autores de postagens. O controle privado, de empresas estatais, é outro negócio muito lucrativo. Promotores de privatizações estão possibilitando que empresários vivam em um “capitalismo sem risco”. As pessoas precisam de água e de energia elétrica. O capitalismo já é ruim, para a maioria das pessoas, mas eliminar o risco significa amplificar a crueldade. Nos casos da água, do esgoto e da energia elétrica, o monopólio é evidente. Fornecedores e prestadores de serviços são os mesmos. Na origem de notícias falsas e de privatizações desenfreadas, está o mesmo fascismo.
A disseminação de notícias falsas, representa mais lucros, para os donos das plataformas; e monetização para autores de postagens. O controle privado, de empresas estatais, é outro negócio muito lucrativo. Promotores de privatizações estão possibilitando que empresários vivam em um “capitalismo sem risco”. As pessoas precisam de água e de energia elétrica. O capitalismo já é ruim, para a maioria das pessoas, mas eliminar o risco significa amplificar a crueldade. Nos casos da água, do esgoto e da energia elétrica, o monopólio é evidente. Fornecedores e prestadores de serviços são os mesmos. Na origem de notícias falsas e de privatizações desenfreadas, está o mesmo fascismo.
A previsão, manifestada por Francis Fukuyama, de que, com a queda do muro de Berlim, teria ocorrido uma espécie de “fim da história”, nunca se confirmou, mas os defensores do capitalismo liberal continuam insistindo. O anticomunismo conta com o apoio explícito das big-techs. Mentiras e absurdos do fascismo se tornaram métodos de disputa política. A previsão de sucesso absoluto do capitalismo não se realizou, por causa da atuação de socialistas e democratas, mas essa aliança precisa se tornar mais efetiva. A tarefa mais importante, neste momento, deve ser a de construir um mundo de igualdade. Além de barrar a previsão do Fukuyama, temos o papel de fazer uma nova história.
Absurdos e mentiras são marcas perceptíveis do fascismo brasileiro. Espera-se, no entanto, que esses predicados execráveis, nunca sejam acompanhados mas, desgraçadamente, não é isso o que vem ocorrendo. O “coiso”, mesmo inelegível e prestes a ser preso, apoiou a reeleição do prefeito da maior cidade do país. O candidato apoiado pelo “coiso” foi reeleito. O povo paulistano está convivendo com um privatismo desenfreado, e sofre, por exemplo, com aumentos sucessivos nas contas de água. Absurdos e mentiras garantem o diálogo com a parcela mais desinformada da população, mas a vitória eleitoral de seguidores do “coiso” serve para implantar um projeto contra a maioria do povo.
O SUS, na pandemia, representou uma possibilidade concreta de amenizar os efeitos do vírus e de evitar uma tragédia ainda maior. O Sistema Único de Saúde, entretanto, é muito maior que o atendimento das UBS's e UPA's. O SUS se dedica a procedimentos complexos (como vacinações, transplantes e tratamentos) mas, principalmente, atende a todas as pessoas, indistintamente. É óbvio que temos que superar alguns desafios e dificuldades. Parte da remuneração do SUS está sendo apropriada por empresas de saúde privada. Meios de comunicação e celebridades, de olho na publicidade dessas empresas, sempre tentam, descredibilizá-lo. O SUS é uma conquista do povo, e deve ser fortalecido.
Ainda que ele seja um dos grandes inimigos do SUS, quis o destino que o “coiso” fosse socorrido graças à saúde pública. Brasileiros, que estavam nos Estados Unidos, foram expulsos, e a ministra dos Direitos Humanos foi receber os refugiados. O “coiso” e as pessoas expulsas dos Estados Unidos são antipetistas declarados, mas o SUS e os direitos humanos servem para todas as pessoas. O ódio, disseminado pelo fascismo, não contaminou o PT, nem os integrantes do governo do presidente Lula. O “coiso” e seus seguidores vão responder pelas ações contra a democracia, e devem ser punidos. A (improvável) impunidade dos golpistas seria contra a defesa dos direitos humanos.
Empresas e empresários sempre buscam aumentar seus lucros, através da invasão de terras pertencentes aos povos tradicionais, com a monocultura e com o desmatamento. O avanço da “emergência climática”, no entanto, agravou um problema, que já existia, e provocou uma aliança entre empresários e negacionistas. A ideia (estúpida) de atribuir a culpa da degradação ambiental a todas as pessoas, sempre poupou interesses empresariais, mas, ao se aliar ao negacionismo, também nega o bom senso mais elementar. O capitalismo, deliberadamente, destrói o meio ambiente e ignora a “emergência climática”. A luta pela preservação ambiental, portanto, é essencialmente anticapitalista.
As atitudes insanas e as manifestações de ódio têm adeptos e seguidores. Planos e desejos da morte, desgraçadamente, contam com a aprovação de algumas pessoas. As mentiras, propagadas pelo fascismo, podem ser atribuídas à desinformação e à falta de conhecimento, mas o ódio gratuito, infelizmente, é amplificado quando a pessoa já carrega esse sentimento; e a insanidade, por outro lado, é reveladora de uma espécie de desvio de caráter. Para enfrentar essa realidade difícil, é urgente a disseminação da solidariedade e da igualdade. Além de restabelecer a verdade, é essencial defender, também, a implantação de outra sociedade. O capitalismo é a raiz do ódio e da insensatez.
O fascismo se dedica a defender o perdão para os golpistas, e isso deve ser enfrentado com as demandas e reivindicações da maioria da população. Ocupar as ruas e praças, para defender a democracia e exigir a punição dos golpistas, deve acontecer, juntamente com a defesa da correção da tabela do IR, para isentar quem ganha até R$ 5 mil; da redução da jornada de trabalho, para conquistar a semana de 36 horas, e acabar com a escala 6x1; e do esforço de eliminar os impostos da cesta básica, para baratear os preços dos alimentos. Isso, de certa forma, já vem acontecendo, mas, ainda, de forma isolada e corporativa. Democracia é comida na mesa.
O fascismo brasileiro escolheu, desde muito tempo, o caminho da provocação. A manifestação pública de domingo é mais uma demonstração da escolha insana. Os xingamentos, dirigidos às instituições, têm o objetivo de provocar um enfrentamento que, na visão deles, tornaria inevitável a intervenção militar. Não existe sinal de que o projeto deles seja votado no parlamento, e lhes restou a alternativa (estúpida) de provocar. A esquerda e os progressistas, por outro lado, decidiram apostar no devido processo legal. Para sepultar o golpismo, teremos sangue frio para defender a democracia, e para seguirmos com a implantação de políticas públicas de inclusão social.
A combinação gastronômica absurda, dita em inglês, tomou conta das redes sociais, nesta segunda-feira, e resume o diálogo com a ignorância e com a completa ausência de bom senso. A situação é mais grave do que parece. Está acontecendo uma tentativa deliberada de comunicação com uma parcela da sociedade, totalmente desprovida de qualquer conhecimento básico. Marqueteiros profissionais (muito bem remunerados), dialogam com parte da população, através do “coiso”, e por meio de outras figuras públicas fascistas. Muito mais do que aprovar qualquer projeto, querem criar um clima de conflagração que justifique o golpe. Ditadura Nunca Mais!
O ato político deste domingo, na Avenida Paulista, é mais uma demonstração da exaltação da ignorância, promovida pelo fascismo. O esforço, deliberado, para mostrar atitudes ridículas como interessantes, está perto do exagero, e conta com a conivência e a cumplicidade dos meios de comunicação. É evidente que, para os socialistas e para as forças políticas progressistas, a eleição de 2026 é muito importante. Barrar o avanço do fascismo é, antes de tudo, uma solução de bom senso. Mas, sobretudo, além de nos ocuparmos com a próxima eleição, devemos, também, ampliar esforços para a preservação da vida, e para a sobrevivência das próximas gerações.
Ontem, ao receber a informação da morte do João Gomes, o Tiãozinho (presidente do PT de Santo Amaro) constatou que “estamos ficando velhos”. É inegável reconhecer que há uma geração de militantes que está indo embora. Pessoas, que se conheceram em manifestações e em reuniões, passaram a se encontrar em velórios e hospitais. Os encontros, além dos óbvios momentos de tristeza, também servem para homenagear as pessoas que estão indo embora, para celebrar a memória dos que partiram, e para renovar compromissos com a construção do futuro de igualdade. Somos mais fortes, nas tragédias, porque reforçamos as certezas de que não estamos sozinhos, e de que a história é eterna.
Ontem, ao receber a informação da morte do João Gomes, o Tiãozinho (presidente do PT de Santo Amaro) constatou que “estamos ficando velhos”. É inegável reconhecer que há uma geração de militantes que está indo embora. Pessoas, que se conheceram em manifestações e em reuniões, passaram a se encontrar em velórios e hospitais. Os encontros, além dos óbvios momentos de tristeza, também servem para homenagear as pessoas que estão indo embora, para celebrar a memória dos que partiram, e para renovar compromissos com a construção do futuro de igualdade. Somos mais fortes, nas tragédias, porque reforçamos as certezas de que não estamos sozinhos, e de que a história é eterna.
A situação da região metropolitana de São Paulo faz parte, todos os dias, do noticiário sensacionalista da TV. As notícias são suficientes, por exemplo, para que as pessoas passem a defender a não utilização de câmaras corporais por militares que, logo em seguida, fazem parte do discurso do governador turista. Não é difícil encontrar, em bairros da periferia, defensoras e defensores da pena de morte. O que pode se contrapor, a essa ofensiva fascista, é a divulgação massiva de inúmeras iniciativas culturais e de solidariedade, mas isso nunca vai aparecer, com destaque, no noticiário. Caberá, sempre, às pessoas dedicadas a lutar por um mundo melhor, a disseminação de boas notícias.
Na resistência à ditadura, implantada pelo golpe de 1964, e aprofundada com a edição do AI-5, em 1968, muitas pessoas, sob tortura, confessaram assaltos a bancos. A situação gerou, nas ruas, a palavra de ordem “anistia ampla, geral e irrestrita” e, ao mesmo tempo, criou a figura jurídica denominada “crimes conexos”. Sem isso, por exemplo, o capitão Lamarca seria, somente, um criminoso comum. Os golpistas de 8 de janeiro de 2023 devem ser punidos exemplarmente (assim como todos os seus mandantes, incentivadores e financiadores), mas o uso da palavra “anistia” pode ter o duplo papel de perdoar inimigos da democracia de agora, e de apagar figuras emblemáticas da nossa história.
A inelegibilidade do "coiso", e sua provável prisão, estão produzindo um deslocamento de apoios para o atual governador de São Paulo. O posicionamento antipetista é evidente, na mídia tradicional e no mercado financeiro, e Tarcísio de Freitas já se prepara para conseguir os votos que podem transformá-lo em presidente da república.